quarta-feira, 24 de julho de 2013

Para Portugal o sol não nasce nunca, morre sempre no mar

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"Portugal surge-me como uma formosa e gentil rapariga do campo que, de costas para a Europa e sentada à beira-mar, junto à própria orla onde a espuma das ondas gemebundas lhe banha os pés descalços, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cara entre as mãos, olha o sol a pôr-se nas águas infinitas. Porque para Portugal o sol não nasce nunca: morre sempre no mar, que foi teatro das suas proezas e berço e sepulcro das suas glórias".

Miguel de Unamuno
in "Portugal, Povo de Suicidas", Letra Livre, 2012.

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