sábado, 26 de novembro de 2011

Memória

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O homem do futuro será o que tiver a mais longa memória.
Nietzsche

Aparentemente, fazem hoje sucesso certos programas televisivos onde verdadeiros gebos demonstram publicamente um desconhecimento profundo e escandaloso sobre matérias que deviam ser básicas. Para gáudio de espectadores que não ficam muito atrás destas tristes figuras, revelam uma total ausência daquilo a que comummente se chama “cultura geral”.

Mas pior, esta ignorância estende-se a cada vez mais pessoas e ao conhecimento da História de Portugal e da cultura portuguesa. Neste campo, o problema também vem de cima. O ensino das humanidades e das letras é preterido em favor das “áreas técnicas”, que supostamente garantirão emprego. Consequência directa da ultra-especialização imposta pelo modelo capitalista no mundo ocidental e que, agora, alastra pelo globo.

O historiador francês Dominique Venner escreveu: "Não há futuro para quem não sabe de onde vem, para quem não tem a memória de um passado que o fez aquilo que é." Sábias palavras de um homem experimentado. É uma das explicações fundamentais para a nossa actual falta de direcção.

Há que, contrariando o embrutecimento intelectual generalizado, cultivar a nossa memória e passá-la de geração em geração. Aprender com a História, com as provas e privações do passado que nos conduziram ao que hoje somos, é essencial para traçar o caminho a seguir.

A nossa memória garante o nosso futuro.

Duarte Branquinho
in "O Diabo", n.º 1819, 8 de Novembro de 2011.

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