sexta-feira, 18 de março de 2011

Drieu La Rochelle

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Cumpriu-se, no último dia 14 de Março, o sexagésimo sexto aniversário do desaparecimento do escritor francês Pierre Drieu La Rochelle, nascido a 3 de Janeiro de 1893 em Paris, no seio de uma família de origens normandas. Escreveu sobre ele Alistair Hamilton, na sua obra «The Appeal of Fascism: A Study of Intellectuals and Fascism 1919-1945», que «a oposição ao capitalismo foi o seu primeiro ideal, a ideia de uma federação de Estados europeus o segundo». Crescendo intelectualmente com Kipling, Barrès e sobretudo Nietzsche, licenciou-se em Ciências Políticas, participando durante a Primeira Guerra Mundial nas batalhas de Charleroi e Verdun, onde foi ferido. Reconhecido escritor da época entre guerras, sentiu-se tentado pelo comunismo, pelo surrealismo e pelo nacionalismo maurrasiano. Provocador, guerreiro, conquistador e vanguardista, tornou-se crítico da oligarquia capitalista em defesa de um bloco europeu forte e fiel às suas raízes e tradições, que fizesse frente à decadência moderna que se havia apoderado do Velho Continente. Foi um sonhador de uma Nova Europa ao mesmo tempo aristocrática e socialista, levando as suas convicções à letra. Como tantos outros escritores europeus, as suas posições revolucionárias e o apoio às potências do Eixo durante a Guerra valeram-lhe a condenação, o ostracismo e o esquecimento. Nos últimos dias da Guerra, ao ver o seu sonho desbaratado, decidiu sair de um mundo no qual não se reconhecia. Suicidou-se no mês de Março de 1945. «Não sou apenas um francês, sou um europeu. Vocês também o são, sabendo-o ou não. Mas jogámos e eu perdi. Reclamo a morte». Tinha 45 anos e a Europa encontrava-se em pleno processo de destruição.

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