segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Esse honroso final...

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«O optimismo é cobardia. Nascidos nesta época, temos de percorrer até ao fim, mesmo que violentamente, o caminho que nos está traçado. Não existe alternativa. O nosso dever é permanecermos, sem esperança, sem salvação, no posto já perdido, tal como o soldado romano cujo esqueleto foi encontrado diante de uma porta de Pompeia, morto por se terem esquecido, ao estalar a erupção vulcânica, de lhe ordenarem a retirada. Isso é nobreza, isso é ter raça. Esse honroso final é a única coisa de que o homem nunca poderá ser privado.»

Oswald Spengler

Ao Camões!

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"Mercúrio passa diante do Sol"

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Giacomo Balla, 1914.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A alternativa é global: social, existencial e ética

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"O segundo inimigo é a oligarquia. Todas as oligarquias, quer se fundem sobre bases ideológicas, religiosas, de interesse, de casta, de classe ou de costume.
A oligarquia alimenta-se do desprezo pelos outros, ela está destinada, inexoravelmente, a degradar o tecido social, a explorar, a cometer injustiças, a relativizar o direito, assegurando-se de toda a espécie de impunidades. A oligarquia acaba fatalmente por justificar a iniquidade da sua acção pela mentira e pela mistificação, publicitadas massivamente e continuadamente.
O conjunto das oligarquias que saíram vitoriosas das duas guerras mundiais constituiu um sistema politico-económico que não é mais que o do Crime Organizado.
Basta pensar que as principais vozes da economia mundial são o narco-dólar, o mercado de mão-de-obra escrava, a extorsão tributária do petróleo…
Não existem oligarquias boas em contraste com oligarquias más. Algumas formulações anti-maçónicas de matriz explicitamente guelfa (fiéis ao Papa) são viciadas e falaciosas.
A alternativa é global: social, existencial e ética."

Gabriele Adinolfi

Méridien Zéro e a América

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A edição de hoje do programa Méridien Zéro tem como convidado Tomislav Sunic, escritor, politólogo e diplomata croata. O tema centra-se no seu livro «Homo Americanus: Filho da era pós-moderna», dedicado às origens e dinâmicas dos mitos fundadores da América. Formado em Literatura inglesa e francesa e doutorado em ciência política, Sunic foi professor na Universidade da Califórnia entre 1988 e 1993, tendo depois servido como diplomata em diversas capitais europeias. O programa é emitido às 22 horas portuguesas, através da Radio Bandiera Nera.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Um, ninguém e cem mil

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Um, ninguém e cem mil
Luigi Pirandello
Cavalo de Ferro
168 Páginas

A revelação inesperada de que o seu nariz, ligeiramente torto, pende para o lado direito, leva Vitangelo Moscarda, pai de família e banqueiro influente, apelidado carinhosamente pela mulher de Gengè, aos limites da obsessão. A banal constatação da sua pequena imperfeição física provocará em Gengè comportamentos cada vez mais estranhos para os que o rodeiam, levando-o progressivamente à loucura e à quase bancarrota financeira.

Humoristico e profundamente irónico, «Um, ninguém e cem mil», foi o último romance publicado por Luigi Pirandello, Nobel da Literatura, e é considerado pela crítica como um dos pontos mais altos de toda a sua obra, onde o autor resume e aprofunda todo o seu universo, que marcou de forma original a literatura do sec.XX.

«Original, comovente e intrigante. Numa palavra: genial! Este romance maravilhoso, é uma viagem mental delirante de Vitangelo Moscarda, em busca do “estrangeiro” que há em si...» Publishers Weekly.

Encomendar através de: Cavalo de Ferro, Bertrand, Wook, Fnac.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Viagem a outro mundo

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O “Complexo do Alemão” é um conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro conhecido pela sua dimensão, pelo tráfico e, em especial, pela extrema violência. O mundo das favelas brasileiras sempre gerou grande curiosidade, mas depois do excelente “Tropa de Elite” (2007), de José Padilha, ganhou um mediatismo colossal. No final do ano passado, a enorme operação militar que se seguiu à série de ataques e atentados perpetrados pelos traficantes cariocas foi amplamente televisionada. Os telejornais abriam com verdadeiros cenários de guerra na “cidade maravilhosa”, que um dia foi capital de Portugal, e as imagens de soldados armados protegidos por blindados a subir os morros mostravam que não se tratava de um mero caso de polícia.

O documentário português “Complexo – Universo Paralelo”, que está agora em cartaz, beneficia muito de toda essa publicidade. Muita da sua promoção e até o próprio ‘trailer’ põem a ênfase nos “bandidos” e na violência. Mas atenção, o filme está longe de ser um exercício de câmara oculta ou uma colecção de imagens explícitas de combate urbano. Reparei que na estreia muita gente esperava algo do género e saiu claramente desiludida. Esta verdadeira viagem a outro mundo, o “universo paralelo” anunciado no título, é antes um olhar para a vida dos habitantes do Complexo.

Os irmãos Mário e Pedro Patrocínio, respectivamente o realizador e o director de fotografia do filme, chegaram ao Complexo do Alemão em 2005 depois de um convite para fazer um teledisco do músico de ‘funk’ MC Playboy. Essa experiência levou-os a frequentar a favela e a realizar várias entrevistas com moradores que captassem as várias realidades e histórias locais. Desse conjunto escolheram quatro personagens representativas. O próprio MC Playboy, “funkeiro” que é um símbolo cultural da comunidade, preocupado mais com a consciência social que com o crime. Seu Zé, uma espécie de ancião respeitado e influente, que preside à Associação de Moradores e é um conhecedor profundo desta favela que viu crescer. Dona Célia, uma mãe de oito filhos que sobrevive graças à sua “fé em Deus”, como ela diz, mas também a uma capacidade de resistência incrível. Vende embalagens para reciclagem para evitar que a família passe fome, incluindo o marido alcoólico que passa a maior parte do dia deitado. Nota-se que é a personagem central, uma imagem paradigmática do ambiente familiar na favela e um exemplo de perseverança. Por fim, os traficantes, jovens que tapam a cara e mostram as suas espingardas automáticas, afirmando estar preparados para tudo, que é como quem diz, a guerra com a polícia.

Os militares por seu turno são filmados como parte da paisagem. Farda camuflada, capacete e arma em punho, normalmente nas esquinas, a controlar os movimentos. A fazer lembrar, por exemplo, soldados israelitas numa operação na Faixa de Gaza.

Um filme bem construído que sai da reportagem sobre troca de tiros, mas que também podia ter ido mais longe. Um olhar interessante sobre um sentimento de fronteira entre dois mundos: o das favelas e o lá de fora.

Duarte Branquinho
in "O Diabo", n.º1777, 18 de Janeiro de 2011.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Alma portuguesa

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"Se não existisse uma alma portuguesa, teríamos de evolucionar conforme as almas estranhas, teríamos de nos fundir nessa massa amorfa da Europa; mas a alma portuguesa existe, vem desde a origem da Nacionalidade; de mais longe ainda, da confusão de povos heterogéneos que, em tempos remotos, disputaram a posse da Ibéria. Houve um momento em que, no meio dessa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma duma Raça: foi a voz de Viriato; foi o Verbo criador que encarnou em Afonso Henriques e se tornou Acção e Vitória. Depois fez-se Verbo novamente, exaltou-se num sonho de imortalidade, e foi o Canto eterno d'Os Lusíadas! Depois, cansado das longas terras, dos longos mares, como que adormeceu num sono de tristeza, de olhos postos no Passado (...).
E por isto tudo, Portugal não morrerá; nem uma Pátria morre, no instante em que encontra o seu espírito. Portugal não morrerá, e criará a sua nova Civilização, porque vê que a sua alma é inconfundível, que encerra em si um novo sentido da Vida, um novo Canto, um novo Verbo, e, portanto, uma nova Acção."

Teixeira de Pascoaes
in "A Águia", reedição Assírio e Alvim, 1988.

Cuidado com a cabeça!

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

In God We Trust

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"Quando as pessoas deixam de crer em Deus não passam a crer no nada; passam a crer seja no que for."

G. K. Chesterton

Missão Natal 2010, Solidarité Kosovo

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Pelo sexto ano consecutivo a associação Solidarité Kosovo organizou uma viagem de Natal aos Balcãs, com o objectivo de ajudar as populações sérvias do Kosovo. Percorrendo vários enclaves sérvios na região, o comboio da organização distribuiu brinquedos, roupa e material informático.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Espectaculista

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"A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espectacular, ela é fundamentalmente espectaculista. No espectáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espectáculo não quer chegar a outra coisa senão a si próprio."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967).

Dia d'O Diabo

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Escravatura do económico

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«A hipocrisia da sociedade liberal e a hipocrisia da sociedade marxista criam finalmente um igual mal-estar e uma igual repulsa. Porque tanto a sociedade liberal como a sociedade marxista mentem e ambas propõem um falso ideal que encobre umas vezes a lei implacável do lucro e da exploração e outras a ditadura imbecil da caserna. E as suas mentiras, as suas falsas posições provêm daquilo que ambas tomaram por fundamento de toda a estrutura, o económico e não o homem. Elas propõem-nos duas escravaturas diferentes do económico que, no final, acabarão por se assemelhar. Todos os “trusts”, do Estado ou de Bancos, não são mais, no fundo, que uma única mecânica. Ora, o que é importante é o destino que se dá ao homem. E neste destino há alguns elementos inatacáveis, porque são a essência da natureza humana. É preciso que o homem seja chefe de família, é preciso que o homem tenha uma casa e que a erga ao seu gosto, é preciso que o homem tenha um trabalho e que goste desse trabalho, que o faça com prazer e que o fruto desse trabalho lhe seja remunerado lealmente. Nestas condições o homem vive, conduz a sua vida de homem livre, ele não é espoliado da sua existência. E o Estado não existe senão para lhe assegurar as condições desta existência que são as próprias condições da liberdade.»

Maurice Bardèche
in «Sparte et les Sudistes», Les sept couleurs, 1969.

Complexo, Universo Paralelo

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domingo, 23 de janeiro de 2011

A liberdade nunca é gratuita

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"Os amadores, sem nada na cabeça, e muito menos sentido de manobra social, drogavam-se com slogans, perfilhavam a tese da bondade original do homem, celebravam as liberdades, falavam do novo diálogo; os profissionais, que sabiam que isso não era assim, começaram a caçada. A supremacia do profissionalismo é a lição mais importante do 25 de Abril, tal qual como se viu na revolução Russa. Num país que odeia o trabalho, que privilegia a espontaneidade e a desorganização, que celebra o desenrascanço, não deixa de ser notável o domínio de uma minoria disciplinada, treinada, organizada, enfim, politicamente profissionalizada. Os amadores, acreditando na boa fraseologia da liberdade, esqueceram-se das responsabilidades individuais e grupais, que tal ideia implica, E nunca perceberam que a liberdade nunca é gratuita: tem de ser defendida e às vezes custa sangue."

António Marques Bessa
in "O Diabo", n.º1777, 18 de Janeiro de 2011.

Méridien Zéro na Eurásia

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Na emissão de hoje, o programa Méridien Zéro apresenta uma entrevista exclusiva com Aleksandr Dugin, ideólogo político russo, conhecido pelas sua defesa da "Eurásia". Como habitualmente, o programa é emitido às 22 horas portuguesas, através da Radio Bandiera Nera.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Império, Nação, Revolução

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Império, Nação, Revolução 
As Direitas Radicais Portuguesas no Fim do Estado Novo (1959-1974)
Riccardo Marchi
448 páginas

Riccardo Marchi, neste excelente livro, conta-nos a história política e cultural deste segmento político e cultural, pequeno mas decisivo nos confrontos ideológicos da fase final do Estado Novo. Destes «vencidos» que — e cito as suas palavras finais — não estavam «dispostos a sacrificar, com a agonia do regime, o eixo central do seu próprio imaginário colectivo: o Império, espírito e forma do Portugal Eterno.» António Costa Pinto in Prefácio

Encomendar através de: Bertrand, Wook, Leya.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Morada de uma nova utopia...

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Para quê ouvir?

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"Hoje, pelo contrário, o homem médio tem as «ideias» mais taxativas sobre quanto acontece e tem de acontecer no universo. Por isso perdeu o uso da audição. Para quê ouvir, se já tem dentro tudo o que faz falta? Já não é altura de ouvir, mas, ao contrário, de julgar, de sentenciar, de decidir. Não há questão de vida pública onde não intervenha, cego e surdo como é, impondo as suas «opiniões»."

Ortega y Gasset
in «A Rebelião das Massas», Relógio d'Água.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nas Ruas!

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Action Française

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"Da ligação entre Maurras, Pujo e Henry Vaugeois, nascia em 1899 a Action Française. Vaugeois e Pujo eram nacionalistas vindos da esquerda e republicanos. Maurras converteu-os à monarquia. Nos anos seguintes, o historiador Jacques Bainville, Léon Daudet (filho de Alphonse Daudet) e Louis Dimier, católico e historiador de arte, juntaram-se ao trio. Estava constituído o núcleo fundacional da Action Française.
O clima apaixonado do Affaire [Dreyfus] ajudou-os a tornar conhecidas as suas ideias e a recrutar seguidores nas elites sociais e universitárias. A Action Française nunca chegaria a ser um movimento de massas, mas com um centro de estudos e, mais tarde, um jornal diário, tornou-se um viveiro de quadros e talentos políticos. Dirigido por Léon Daudet, o jornal L'Action Française veio conferir ao movimento um tom de combate quotidiano. No mesmo tom, mas numa acepção mais literal, surgiram os Camelots du Roi, um «serviço de ordem», dirigido por Pujo, que atacava fisicamente os inimigos políticos, em grandes rixas e tumultos que agitaram o Quartier Latin.
(...) Até estalar a guerra em 1914, os dirigentes da AF coordenaram os vários tipos de actividade — o jornal, o centro de estudos, o movimento político, o serviço de ordem — consolidando uma força que trabalhou uma doutrina política alternativa ao liberalismo instituído e ao socialismo nascente.
É em nome de «Déesse France» — como Maurras gostava de chamar à sua pátria, repetindo André Chénier — que o pensador nacionalista defende a monarquia como regime mais adequado para servir o interesse nacional e preservar a unidade e a integridade da nação. A partir daí, elaborou toda uma teoria para combater o socialismo e o marxismo: desde a apologia do Exército e do serviço militar, até soluções corporativas e de harmonia de classes.
Mas ao desenvolverem uma teoria política integral — anti-individualista, antiliberal, anti-igualitária e contra-revolucionária —, Maurras e os nacionalistas franceses estavam a criar um modelo adaptável a outros países e sociedades dominados pela esquerda democrática e republicana e defrontando os mesmos problemas. E as ideias e as contra-ideias não conhecem fronteiras."

Jaime Nogueira Pinto
in "Nobre Povo — Os Anos da República", A Esfera dos Livros, 2010.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tu és o assassino da Europa e do Terceiro-Mundo

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"O primeiro inimigo és tu! Pelo amor a ti mesmo e por essa indulgência sem limites que tens para contigo próprio. Pela tua condescendência face aos elogios e às adulações. Pela tua sede de reconhecimento. Pelo teu gosto pela carreira. Pelo teu egoísmo, pela hesitação que experimentas quando deves partilhar o teu pão, arriscar o teu braço, colocar em causa o conforto do teu lar, questionar a segurança artificial da tua estabilidade aparente: a de um morto-vivo que nem sequer se deu conta de que já não vive.
O primeiro inimigo és tu! Com o medo de escandalizares os outros, aterrorizado pela ideia de seres colocado à margem, salivando perante a menor possibilidade de seres cooptado, acolhido, reconhecido pelo parlamento das múmias falantes.
Com a tua adesão a todos os clichés do pensamento «moderado» e da crítica cortês, da política dissimulada e da linguagem banal. Tu és a globalização. Tu és o assassino da Europa e do Terceiro-Mundo, tu és a cedência. E é-lo tanto mais quanto mais pretendes o contrário e tentas convencer-te a ti mesmo, sem contudo ires ao fundo da tua análise, pela verdade.
A oposição fundamental não é política ou ideológica, é, antes de tudo, entre modos de ser, entre estilos."

Gabriele Adinolfi

Torre de Centum Cellas

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A Torre de Centum Cellas (também Centum Cellæ, Centum Celli, ou Centum Cœli), também denominada como Torre de São Cornélio, localiza-se no monte de Santo Antão, freguesia do Colmeal da Torre, no distrito de Castelo Branco, em Portugal.

Trata-se de um singular e curioso monumento lítico actualmente em ruínas que, ao longo dos séculos, despertou as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias. Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (daí o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (daí a denominação alternativa).

Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um prætorium (acampamento romano). Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua zona envolvente, empreendidas nas décadas de 1960 e 1990, indicam tratar-se, mais propriamente, das ruínas de uma antiga villa romana, sendo a torre representativa da sua pars urbana, estando ainda grande parte da pars rustica por encontrar. No contexto da invasão romana da Península Ibérica, a villa seria propriedade de um certo Lúcio Cecílio (em latim: LVCIVS CÆCILIVS), um abastado cidadão romano, negociante de estanho (metal abundante na Península Ibérica), que a teria erguido em meados do século I. De acordo com os testemunhos arqueológicos, foi destruída por um grande incêndio em meados do século III, sendo posteriormente reconstruída.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

À conquista da Felicidade

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«O mundo pagão era duro, mas havia nele um princípio de receosa submissão às forças da natureza, às suas Leis, ao Destino. A esperança cristã fez-lhe rebentar as severas fundações. Para triunfar das velhas muralhas não bastam algumas flores silvestres, medrando as suas raízes em cada fissura, com a humidade da terra? E eis que a Esperança, desviada dos seus fins sobrenaturais, lança o homem à conquista da Felicidade, enche a nossa espécie de uma coisa parecida com orgulho colectivo que tornará o seu coração mais duro do que o aço das suas máquinas.»

Georges Bernanos
in "Os grandes cemitérios sob a Lua", Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1988.

Dia d'O Diabo

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pelas estradas da Europa...

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A máquina da fama

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"No meio de todo o ruído produzido pelo jardim zoológico do sensacionalismo mediático, do voyeurismo colectivo e da mexeriquice arfante em redor do bárbaro assassínio de Carlos Castro, convinha pararmos um pouco para reflectirmos sobre esta obsessão da fama que atravessa a sociedade portuguesa, e que é atiçada muito especialmente pelas televisões.

Com os seus programas de transformação eufórica e acelerada de completos anónimos em "ídolos", em vedetas, em "famosos", em top models ou outros top quaisquer, os seus reality shows de exposição constante, intensa e indecorosa de concorrentes tão inconscientes como desprotegidos, uns e outros feitos carne para canhão de uma batalha pelas audiências que assume proporções cada vez mais agressivas e chocantes, as televisões têm contribuído de forma maciça para a criação, disseminação e vulgarização desta perversa ideologia da fama, desta pindérica subcultura da celebridade, ajudadas pela proliferação da imprensa "cor-de-rosa".

Esta fama é precária e está presa por fios, é tosca e efémera. Os que a atingem estão sujeitos a ser rapidamente esquecidos, ridicularizados e até mesmo execrados pelos que os promoveram, aclamaram e plebiscitaram. Porque a lógica da "máquina de famosos" é triturar depois de aclamar.
Ou até mesmo muito antes disso, como se acaba de ver pelo crime de que toda a gente fala."

Eurico de Barros
in "Diário de Notícias", 15 de Janeiro de 2011.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Jan Palach (11 Agosto 1948 - 16 Janeiro 1969)

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«Jan Palach», Compagnia dell'Anello.

O dia de hoje marca o aniversário da morte de Jan Palach, o estudante checo que se auto-imolou em 1969, como protesto pela ocupação soviética. Tinha 21 anos e suicidou-se na Praça Venceslau, um dos locais mais emblemáticos da cidade de Praga.

A Queda da Europa

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"Esta nova esquerda, convertida ao capitalismo, defende com garra um socialismo virtual e uma imigração real. Neste cocktail é difícil adivinhar que parte é imbecilidade, altruísmo alucinado, snobismo anti-racista, etnomasoquismo e (o pior todavia) estratégia política. O sentimento que domina entre os colaboradores imigracionistas é o mesmo que dominou as elites decadentes de Roma no séc. III: a mediocridade e a cobardia, (...) e um egoísmo indiferente ao seu próprio povo e às suas gerações futuras. A história dirá que os europeus e concretamente as suas burguesias decadentes foram os primeiros responsáveis da colonização da Europa e da sua submersão demográfica. Para resolver o problema, problema do qual resultará o caos, não há outra solução, por um meio ou outro, que reduzir ao silêncio os colaboradores, os lobbies imigracionistas, que são a primeira causa desde há 30 anos da nossa colonização. O inimigo colonizador é um inimigo estimável, que joga o seu jogo, mas os colaboradores que atentam contra o seu próprio lado não merecem, como dizia De Gaulle e o imperador Diocleciano, condescendência alguma."

Guillaume Faye
in "La Colonisation de l'Europe".

Méridien Zéro e a Argentina

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A emissão de hoje do programa Méridien Zéro é dedicada à Argentina, mais concretamente ao tema «Evita e o Peronismo», contando com a presença do jornalista e escritor francês Jean-Claude Rolinat e do ensaísta italiano Gabriele Adinolfi. Como habitualmente, o programa é emitido às 22 horas portuguesas, através da Radio Bandiera Nera.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Seguro de Vida

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Brevemente, na loja Badabing.

Os pastores

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«O império dos valores da função económica reduziu o povo e os políticos ao mesmo nível: a partilha e disputa assanhada de valores mercantis: riqueza, competição, mercado, liberalismo. Os políticos eles próprios começam a reconhecer a sua humilde função de vendedores de banha da cobra. As qualificações do vendedor de si mesmo exige marketing, mentira, promessas cínicas, hipocrisia, engano doloso, promessas cínicas, hipocrisia, mas em geral uma atitude indiferente ao que se passa e atinge o povo. Eles já se desligaram dessa massa de carneiros e pretendem ser os seus pastores, tocando o pífaro suavemente e lançando o cão de vez em quando às canelas das ovelhas mais retrógradas.»

António Marques Bessa
in "O Diabo", 11 de Janeiro de 2011.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Livres, Belos, Rebeldes

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Simplicidade Voluntária

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«Como fazer estas mudanças? Não tenho a pretensão de conhecer A estratégia a adoptar que nos leve a essa sociedade desejável onde todas e todos possam viver convenientemente, em comunidades solidárias onde os seus filhos poderão, mais tarde, viver. Mas a minha longa experiência de militância, as minhas numerosas leituras e as minhas longas horas de reflexão levaram-me à estratégia que se segue. Acredito que por agora é necessário por em marcha acções em três frentes, que estão, aliás, intimamente ligadas:
1) Libertar-se do sistema: a cada um de tomar as medidas de forma a sair da cadeia de sobreconsumo-necessidade de ganhar muito dinheiro-stress e cansaço-passividade. A simplicidade voluntária é uma via que permite reencontrar tempo para viver e agir.
2) Unir-se para fazer mais com menos: desenvolvendo as nossas comunidades locais, damo-nos serviços que permitem viver melhor a menor custo e que responde melhor à totalidade das necessidades.
3) Criar organizações nacionais e internacionais eficazes que permitam que a nossa voz seja ouvida alto e bom som para impedir os governos de continuar esta via neoliberal. Não tenhamos ilusões, o capitalismo não cederá facilmente. Ao poder do dinheiro devemos opor-nos com poder dos números, da imaginação e da tenacidade.»

Serge Mongeau
in "Vers la simplicité volontaire".

Vender livros não é crime. Liberdade para Varela!

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Blogues com Pedro Varela:
Libertad Pedro Varela
Reverentia
Nonas
Pena e Espada
Minoria Ruidosa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Verdun

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«Verdun foi a mais desumana das batalhas, um açougue de homens. Nunca uma confrontação tinha sido prosseguida com tal encarniçamento e durante tanto tempo (300 dias e 300 noites) num espaço tão reduzido (20 quilómetros de largura por 8 de fundo). Do lado francês, as perdas foram de 162 000 mortos e 218 000 feridos. Do lado alemão, 143 000 mortos e 190 000 feridos. Foi uma batalha desigual, travada contra homens por um dilúvio de metal e explosivos. O consumo de obuses foi de tal ordem quer a indústria não conseguia acompanhá-lo, o que explica as pausas que houve na batalha. E, contudo, nunca o papel dos combatentes foi tão grande. Enquanto centenas de milhares de soldados e milhões de obuses eram lançados na refrega, a decisão dependeu em muitas ocasiões de algumas dezenas de homens. Sobre um terreno dantesco onde regimentos inteiros tinham sido pulverizados por bombardeamentos gigantes, o último recontro foi, com frequência, obra de alguns sobreviventes, de um lado e do outro, pequenos grupos de espectros raivosos, comandados por um sargento ou um tenente. E foram esses que ganharam. Enfiados nas suas crateras de obus, sem ligações, sem esperança, continuaram a bater-se com armas tão primitivas como granadas, facas ou pistolas-metralhadoras, provando que nada está perdido enquanto não desfalece a alma que existe em cada soldado.»

Dominique Venner
in "O Século de 1914. Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Século XX", Civilização Editora (2009).

Solidarité Kosovo, Operação Natal 2010 (2)

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Europa una

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"A unidade europeia seria sempre precária apoiando-se sobre algo como um parlamento internacional privado de uma autoridade única e superior, com representações de diferentes regimes políticos de tipo democrático, regimes que, por serem constantemente condicionados por baixo, não podem de alguma maneira assegurar uma continuidade de vontade e de direcção política. Num regime democrático a soberania do Estado é efémera, uma nação não apresenta uma verdadeira unidade, e é pelo mero número monopolizado, hoje por um partido, amanhã por outro, com as suas manobras no sistema absurdo de sufrágio universal, que a vontade política é condicionada de forma quotidiana, faltando pois os caracteres de um todo orgânico. (...) Com a democracia por um lado, e por outro um parlamento europeu que reproduzisse em grande o espectáculo desolador e pavoroso apresentado pelos actuais parlamentos democráticos europeus: tudo isto cobriria de ridículo a ideia de uma Europa una."

Julius Evola
in "Los Hombres y las Ruinas", Ediciones Heracles.

Retrospectiva do seminário dedicado a Mendes Corrêa

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Rebenta a bolha!

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«A ideia da vantagem comparativa funciona quando, por trás do artigo especializado produzido por cada parceiro comercial, subsiste intacta uma economia local complexa, com diversos papéis sociais e nichos profissionais, capazes de apoiar o projecto a longo prazo da comunidade. Porém, uma localidade organizada para produzir apenas um artigo para exportação acaba por ser um sistema esclavagista baseado na lógica económica da exploração. Na versão extrema da vantagem comparativa, sob o regime do inudstrialismo hiper/turbo de finais da era do petróleo, com os seus transportes ultrabaratos e as suas comunicações instantâneas que anulavam quaisquer vantagens da geografia, as únicas vantagens comparativas que restavam eram a mão-de-obra barata e o capital livre. Um grupo possuía toda a mão-de-obra barata e o outro todo o capital, e, durante algum tempo, um grupo produzia todas as coisas que o outro grupo «consumia». Por conseguinte, a vantagem comparativa transformou-se numa vigarice para benefício exclusivo das grandes empresas, que acabaram por usufruir de todas as vantagens enquanto as localidades arcavam com todos os custos.»

James Howard Kunstler
in "O Fim do Petróleo - O Grande Desafio do Século XXI", Bizâncio, 2006.

Marcha em honra da padroeira de Paris

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Dia d'O Diabo

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Durante a Fogueira

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"Quem diz «democracia» diz «individualismo». Quem diz «individualismo» diz por sua vez «burguesia» e «capitalismo». Na pavorosa confusão mental de que a Europa é vitima há mais de um século, acredita-se ainda que a Revolução Francesa, porque proclamou os Imortais Princípios, abriu às classes pobres uma era nova de emancipação e prosperidade. Se a superstição liberalista não falasse tanto à sentimentalidade das massas, com certeza que não se teria ido tão longe num ludíbrio que encobre a maior das falsidades. Se hoje existe, e em grau tão agudo, urna questão irredutível entre o rico e o pobre, entre o que produz e o que consome, a culpa é precisamente da metafísica mentirosa da Revolução. A Revolução só deu acesso a arrivistas cobiçosos de oiro e de domínio, a quem faltava a preparação moral da antiga sociedade."

António Sardinha
in "Durante a Fogueira", 1927.

Não és o conteúdo da tua carteira...

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domingo, 9 de janeiro de 2011

Acordo das Vozes

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«O espectáculo de grandes multidões agitadas pela paixão é um dos sinais mais importantes de que entrámos numa nova época. Num círculo mágico destes, se não reina a unanimidade, é certo pelo menos que reina o acordo das vozes, pois no caso de uma voz diferente se elevar, formar-se-iam turbilhões que aniquilariam o seu titular. Por conseguinte, o indivíduo que se quer fazer notado desta maneira, pode igualmente decidir-se pelo atentado: nas consequências acaba por dar no mesmo.»

Ernst Jünger
in "O Passo da Floresta", Cotovia (1995).

Méridien Zéro e os amigos do livro europeu

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A emissão de hoje do programa Méridien Zéro tem como convidados os fundadores da editora Les Amis du Livre Européen, a propósito da publicação do primeiro livro, intitulado «Force & Honneur». Uma obra que, ao longo de 352 páginas, faz a retrospectiva de 30 batalhas que marcaram a França e a Europa, contando ainda com ilustrações de Dimitri (Guy Sajer). Como sempre, o programa é emitido às 22 horas portuguesas, através da Radio Bandiera Nera.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Portugal não pereceu!

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"À hora em que a nau Portugal crivadinha de rombos (e de roubos), voga aí à deriva sobre um mar de saliva altamente encapelado, e em mares de saliva submerge, está claro de ver que a única alternativa em aberto — que, desde agora, se oferece aos sobreviventes, que somos, do grande naufrágio que se deu com Portugal — consistirá em nos fundarmos, de novo, como Nação soberana, e em nos erigirmos, novamente, como Povo, às culminância do que nos está cometido empreender ainda."

Rodrigo Emílio
 
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